As ações da Visanet podem estrear no mercado brasileiro ainda no primeiro semestre de 2008. A previsão foi feita pelo vice-presidente de cartões do Banco do Brasil, Aldemir Bendini.O BB é um dos sócios da companhia no País. Apesar da instabilidade dos mercados, Bendini avalia o momento atual como "adequado" para a operação.
Para sustentar o otimismo, Bendini lembrou da bem-sucedida venda de ações da Visa, matriz da Visanet, na Bolsa de Nova York. O BB, que tem participação na administradora de cartões, teve lucro de R$ 362 milhões com a oferta, que aconteceu em Wall Street há 15 dias.
O lançamento de ações da Visa foi uma espécie de sinal verde para a operação da Visanet na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A Visanet opera a rede de pagamentos usada pelos cartões Visa e outros produtos, como o Visa Vale.
Para que a oferta púbica saia ainda no primeiro semestre, os sócios da Visanet - ABN Amro Real, BB e Bradesco - precisam acertar detalhes como o novo texto do acordo de acionistas e os termos para pagamento de royalties para a sede americana. Vencida essa etapa, a operação pode acontecer a qualquer momento.
Se confirmada, essa pode ser a segunda oferta de ações na Bovespa em 2008. Ritmo muito distinto do observado no ano passado, quando, antes da crise financeira internacional, mais de uma empresa estreava no pregão por semana.
"Mesmo com alguma instabilidade no mercado, o momento é adequado para a oferta. Não tenho dúvidas de que teremos êxito", disse o vice-presidente do BB.
Segundo ele, no lançamento de ações da Visa nos EUA, esperava-se que o papel fosse vendido por um valor entre US$ 37 e US$ 42, mas a ação foi negociada a US$ 44. "Isso ocorreu mesmo com o momento de turbulência das bolsas", ressaltou Bendini.
Atualmente, o Banco do Brasil é o maior emissor de cartões Visa na América Latina, com cerca de 10% do volume da região.
Em termos globais, os cartões que levam a marca do BB são responsáveis por 0,50% de tudo o que é pago com cart�es Visa no mundo.
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